Antigamente, as contas eram pagas em dinheiro, sempre de modo presencial.

Os cartões de débito e crédito foram popularizados para facilitar a vida dos cidadãos comuns, e já se considerava isso uma modernidade sem tamanho.

Com a evolução da tecnologia, atualmente, bastam alguns cliques para pagar contas, comprar ou fazer transações bancárias.

No entanto, assim como as opções de pagamento e transações financeiras, a criminalidade também evoluiu consideravelmente. Se antes os assaltos eram feitos à mão armada, estes também evoluíram, e hoje são praticados muitas vezes com a permissão da própria vítima que, sem querer, acaba facilitando a ação de criminosos.

E como os truques são os mais variados, de links falsos a golpes via WhatsApp, separamos algumas dicas que vão ajudar a evitar que ainda mais gente caia nesse tipo de golpe.

1. Como verificar se o boleto é uma fraude

Dos atuais sistemas de pagamento, os boletos talvez sejam os mais suscetíveis à manipulação. As adulterações podem ser mudanças no código de barras, no valor, data de vencimento ou mesmo no CNPJ.

É importante conferir atentamente cada um dos dados do boleto antes de pagar (ou mesmo de fazer o download).

Verifique também se não há incoerências, como um nome de beneficiário diferente do número de CNPJ, se os números dos códigos de barras – localizados na parte de cima e de baixo do documento – são idênticos, além de possíveis erros de português. Leia também Como identificar um boleto falso em 8 passos.

2. Como se proteger de golpes online

Confira sempre pelo menos o básico: os três primeiros números da sequência numérica do código de barras precisam corresponder ao código do banco que emitiu o boleto.

Além disso, o valor total precisa aparecer idêntico, tanto no fim do código de barras quanto no campo “valor do documento”. Já no caso de dúvidas quanto ao CNPJ do emissor, basta uma busca simples na internet para verificar a autenticidade do código.

Por via de dúvidas, ao fazer compras online, procure sempre emitir o boleto diretamente pelos canais oficiais e jamais abra boletos enviados por e-mail, WhatsApp ou SMS, especialmente se não foram solicitados por essas vias.

3. Links falsos: como se precaver contra os golpes

Esses vencem mais pela curiosidade que pela veracidade. O envio de links falsos geralmente é feito por mensagens nas quais as vítimas em potencial recebem alertas falsos de que houve alguma operação indevida em suas contas, que alguma dívida está em aberto, ou ainda de que podem receber alguma promoção, que foram contempladas em algum sorteio ou fazer jus a algum auxílio emergencial, por exemplo.

Via de regra, a ordem dada pelos golpistas é a de clicar em um link da própria mensagem, com a suposta finalidade de não perder o benefício em questão ou de regularizar a situação citada na mensagem.

Ao clicar nos links falsos, a vítima é redirecionada a algum falso website, que solicita dados pessoais e bancários, ou baixa automaticamente algum programa espião que coleta os dados da vítima.

Independentemente do formato, desconfie sempre e jamais clique em links encaminhados via WhatsApp ou SMS.

E caso já tenha acessado algum link desses, evite ao máximo acessar aplicativos de banco ou fazer transações financeiras, e leve seu telefone o quanto antes a uma assistência técnica, a fim de verificar a existência de apps nocivos ou maliciosos em seu aparelho.

4. Transações via Pix: como não cair em golpes

Por ser uma ferramenta de pagamentos compensados instantaneamente, o Pix exige ainda mais atenção de seus usuários. Quem não quer cair em golpes precisa cadastrar chaves pix exclusivamente nos ambientes seguros de instituições financeiras, ou seja, através do Internet Banking ou Mobile Banking.

Há um cuidado adicional quanto às versões mobile: sempre baixe quaisquer aplicativos (não só os do banco) diretamente a partir das lojas oficiais – Apple Store ou Play Store – para não correr o risco de fazer o download de apps maliciosos ou falsos.

Quando se trata de pix, sabemos que muitas vezes não há como desfazer a transação e, nesses casos, não haverá meios de reaver a quantia transferida. Por isso, alguns cuidados são altamente recomendados:

• Não passe absolutamente nenhuma informação pessoal via telefone, e-mail, mensagens de WhatsApp ou SMS;
• Não acesse links encaminhados por e-mail, SMS ou mídias sociais;
• Não aceite convites de pré-cadastro ou cadastro de Pix. Na dúvida, acesse pelos canais oficiais;
• Cuidado com as ligações de supostos funcionários que oferecem serviços, atualizações de cadastro (ou mesmo de sistema) via conexão remota. Criminosos costumam argumentar, oferecendo essas atualizações “sem custos”, a título de teste;
• Não aceite transações nem faça transferências para testar sua chave Pix – esse “teste” nem sequer existe!

O Pix é uma ferramenta bastante segura que já evoluiu bastante e até rapidamente, se considerarmos a data de sua criação. Entretanto, para evitar cair em golpes, esteja atento: qualquer mudança em ferramentas assim é amplamente divulgada pelo Banco Central em jornais, TV e todas as mídias de comunicação.

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5. Como se proteger do golpe de perfis falsos no WhatsApp

Depois do Pix, este é um dos meios mais fáceis de se extorquir uma pessoa. E se já era relativamente fácil a clonagem de números de WhatsApp, hoje em dia qualquer um pode, literalmente, baixar uma foto e criar um perfil falso para aplicar golpes.

A partir do momento em que o WhatsApp, inicialmente criado apenas para comunicação, passou a oferecer também serviços de pagamento, a situação ficou ainda pior: antes, os golpistas precisavam clonar números ou criar perfis falsos para solicitar dados bancários, transferências etc; agora quase nada disso é mais necessário: basta criar uma conta falsa do WhatsApp, mandar uma série de mensagens solicitando dinheiro a vários contatos e contar com a facilidade de receber pelo próprio aplicativo.

Desta forma, todo cuidado é pouco no WhatsApp! Autorize a visualização de sua imagem de perfil apenas para contatos selecionados, e fique bastante esperto com relação a mensagens solicitando dinheiro, ainda que pareçam ser de parentes ou conhecidos. Além disso, desconfie imediatamente de contas com a foto de alguém que você conheça, mas com número diferente do usual.

Vale lembrar que seja por meio de links falsos, perfis do WhatsApp, Pix ou boletos, todo cuidado é pouco, por isso é fundamental estar atento e procurar sempre saber a veracidade da mensagem ou documento antes de realizar qualquer pagamento.

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Ficou com alguma dúvida ou quer saber mais sobre como se proteger de golpes com links falsos, perfil no WhatsApp, pix e boletos? Deixe seu comentário. Será um prazer ajudar!